quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Operadora de Fukushima anuncia medidas para controlar vazamentos


Ministro Toshimitsu Motegi (no centro) usa roupa e máscara de proteção e máscara para inspecionar Tepco nesta segunda (26) (Foto: Tokyo Electric Power Co/Reuters)

Após uma semana da confirmação do vazamento de água radioativa em um dos tanques de armazenamento da usina de Fukushima, a operadora Tokyo Electric Power (Tepco) anunciou nesta terça-feira (27) uma série de medidas emergenciais para evitar novos vazamentos.

Entre as medidas adotadas pela Tepco estão a criação de uma delegação especial de trabalhadores para vigiar as unidades de armazenamento, a instalação de indicadores para calibrar o nível de água acumulada e a realização de controles adicionais das válvulas de drenagem.

'Após levar em consideração a opinião de grupos de analistas e realizar reuniões em nível nacional, seguimos nos esforçando para resolver este problema, considerado como a maior prioridade em nível de gestão', detalhou a operadora em comunicado.

À margem do vazamento registrado nos porões da usina, há menos de uma semana, a Tepco revelou um vazamento de aproximadamente 300 toneladas de água radioativa de um de seus contêineres, enquanto altos índices de radiação foram encontrados na parte inferior de outros dois.

A nova delegação de trabalhadores da Tepco será formada por cerca de 100 operários, liderados pelo presidente da elétrica, Naomi Hirose, e coordenados a partir da fábrica pelo vice-presidente, Zengo Aizawa.

Aproximadamente 50 trabalhadores do contingente reforçarão a equipe de trabalhadores de maneira imediata e, com isso, se responsabilizarão pela análise dos tanques e por inspecionar e reportar possíveis danos nestas unidades.

Estes operários contarão com um aparelho para medir a radiação e termógrafos capazes de identificar o nível de água dentro dos tanques, o que permitirá individualizar os vazamentos com uma simples inspeção visual.

Concretamente, essa analise deverá ser feita em 350 tanques do mesmo modelo que, até o momento, conta somente com três exemplares com defeitos.

Até o momento, a Tepco não se pronunciou sobre as causas dos vazamentos, enquanto as inspeções em todos estes modelos de tanques continuam sendo realizadas, já que os mesmos foram construídos de forma apressada no início da crise nuclear em março de 2011.

Empresário lança serviço de 'autópsia digital' no Reino Unido


Médica forense Kastoori Karuppanan mostra funcionamento de autópsia digital. (Foto: Reuters/Bazuki Muhammad)

O empresário Matt Chandran, da Malásia, quer substituir o bisturi por um scanner e um computador touchscreen. Ele acredita que sua “autópsia digital” pode substituir a autópsia tradicional, acelerando investigações, reduzido o estresse das famílias em luto e amenizando sensibilidades religiosas.

Ele pretende lançar o primeiro serviço de autópsia digital em outubro no Reino Unido e espera trabalhar em conjunto com autoridades locais. Pelo menos 18 serviços como esse estão planejados.

Segundo o empresário, que vê no ramo um grande negócio, cerca de 70 milhões de pessoas morrem todos os anos e por volta de 10% dessas mortes são casos que necessitam de autópsia. “Esse é um número grande, então temos a visão de que essa é uma grande linha de serviços que está se formando ao redor do mundo”, disse Chandran em entrevista.

Para ele, a percepção ruim que as pessoas têm de autópsias tem prejudicado seu apelo comercial. "Infelizmente, porque o processo de autópsia é visto como macabro, as pessoas tendem a ignorar isso", diz Chandran.
Esqueleto é analisado em imagens em 3D (Foto:
Reuters/Bazuki Muhammad)

História de 3 mil anos

Humanos têm cortado seus mortos há pelo menos 3 mil anos para entender melhor a morte, mas a autópsia nunca foi muito popular fora dos programas de TV sobre investigações criminais.

Na década de 1950, a autópsia estava no seu ápice. Patologistas realizavam o procedimento em mais de 60% dos que morriam nos Estados Unidos e na Europa, o que ajudou a descobrir mais detalhes sobre muitas doenças.

Mas o número de autópsias têm caído: hoje, menos de 20% das mortes na Grã-Bretanha são seguidas de uma autópsia. A maioria delas é ordenada por médicos legistas quando a causa da morte não está clara. A queda tem sido atribuída a uma rejeição cada vez maior por um procedimento considerardo bruto e ultrapassado.

Chandran quer mudar tudo isso conectando o software de imagens em 3D de sua empresa iGene com um aparelho de ressonância magnética. Um especialista pode, então, explorar um cadáver virtual em 3D, removendo camadas de tecido, pele e osso com um mouse ou com o auxílio do touchscreen.

Médico forense manipula imagem de cadáver.
(Foto: Reuters/Bazuki Muhammad)

De acordo com Chandran, as vantagens são consideráveis. O material digital permanence intacto e pode ser revisto; especialistas podem localizar e identificar com mais facilidade fraturas ou objetos estranhos como balas e outros fragmentos. Dessa forma, a família pode saber como seus entes queridos morreram sem que o corpo tenha de ser cortado.

Apesar de não ser a primeira vez que a técnica é utilizada, o empresário afirma que iGene é a primeira empresa a oferecer o serviço – que vai desde o momento da morte até a entrega do relatório post-mortem – comercialmente. A ideia é que, nos casos em que autoridades solicitarem uma autópsia, a família possa optar por uma autópsia comum, paga pelo estado, ou uma autópsia digital, que deve custar o equivalente a R$1.900.

Céticos
Nem todos acreditam que a autópsia digital pode substituir completamente a autópsia tradicional. Alguns questionam se ela pode localizar alguns tipos de doença. Mesmo um pioneiro como Guy Rutty, patologista forense da Universidade de Leicester e o primeiro a usar imagens de tomografia computadorizada como evidência em um julgamento criminal, diz que ainda há limites para o que uma autópsia digital pode fazer, particularmente a determinação de onde e quando o paciente morreu.

“Há centros que proporcionam esses serviços, mas outros estão sendo mais cautelosos e ainda estão em um estágio de pesquisa”, disse Rutty. Mesmo diante de ressalvas, Chandran continua sonhando alto. “Assim como a certidão de nascimento começa com o nascimento de um bebê, o final de sua vida será marcado por um relatório no qual o corpo em 3D é capturado”, ele diz. “Dessa maneira, poderemos arquivar todas as pessoas nascidas nesse planeta.”

Especialistas demonstram funcionamento de autópsia digital. (Foto: Reuters/Bazuki Muhammad)

Plano de unir Mar Morto e Mar Vermelho gera polêmica ambiental


Vista aérea mostra que Mar Morto está secando. (Foto: AFP Photo/Menahem Kahana)

Um plano de ligar o Mar Vermelho com o Mar Morto pode salvar este último da evaporação total e levar água dessalinizada a bairros com pouco abastecimento em Israel, Jordânia e Palestina.

Mas ambientalistas alertam que o projeto “Vermelho-Morto” pode ter consequências terríveis, alterando a química particular do lago de água salgada que fica no ponto mais baixo da Terra.

O primeiro ministro da Jordânia, Abdullah Nsur, disse nesta segunda (26) que seu governo havia decidido seguir em frente com o projeto de US$ 980 milhões de dólares, que daria à Jordânia 100 milhões de metros cúbicos de água por ano.

“O governo aprovou o projeto depois de anos de estudos técnicos, políticos, econômicos e geológicos”, disse Nsur em conferência para a imprensa. De acordo com o plano, a Jordânia vai retirar água do Golfo de Aqaba, no norte do Mar Vermelho, para um local onde será construída uma usina de dessalinização, que será usada para tratar a água.

“A água dessalinizada vai para o sul para (a cidade jordaniana de) Aqaba, enquanto a água salgada será bombeada para o Mar Morto”, disse Nsur. O Mar Morto, que tem a água mais salgada do mundo, está em vias de secar até o ano de 2050.

Ele começou a encolher na década de 1960, quando Israel, Jordânia e Síria começaram a desviar água do Rio Jordão, seu principal afluente. O nível do Mar Morto tem diminuído, em média, um metro por ano. De acordo com a informação mais recente, o nível está em 427,13 metros abaixo do nível do mar, 27 metros mais baixo do que em 1977.

O plano prevê que a maior parte da água dessalinizada vá para a Jordânia, com quantidades menores sendo transferidas para Israel e para a Autoridade Palestina.

Mas grupos ambientais têm pedido para que os três parceiros desistam do projeto para proteger o meio ambiente. A principal preocupação, segundo eles, é que um grande aporte de água do Mar Vermelho possa mudar radicalmente o ecossistema frágil do Mar Morto.

O ministério israelense de proteção ambiental diz que estudos feitos até agora deixam uma “grande incerteza” e pede que o plano seja aplicado em uma escala menor para testar se o projeto dará certo.

Para palestinos, o projeto em conjunto implica questões políticas, como Israel permitir que eles desenvolvam parte da costa que fica em uma área ocupada por Israel. “Nós gostaríamos de fazer parte desse projeto cooperativo”, disse Shaddad Al-Attili, chefe da Autoridade Palestina de Águas. “Gostaríamos de ser tratados com igualdade em relação a Jordânia e a Israel, gostaríamos de nos beneficiar com os resultados”.

“Mas antes de tudo isso, gostaríamos de ter acesso ao Mar Morto, não apenas para conseguir água e nadar no mar, mas também para construir hotéis e desenvolver atividades turísticas”, completou Al-Attili.

A riqueza mineral do Mar Morto é considerada terapêutica e visitantes adoram flutuar na água densa, que não deixa que a pessoa afunde. Israelenses gerenciam um grande número de hotéis e praias na região.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Meteoros Perseidas são vistos em vários pontos do Hemisfério Norte.



Fenômeno cruzou céu da Bulgária, Macedônia e dos EUA na madrugada.
Evento anual ocorre quando a Terra cruza órbita do cometa Swift-Tuttle.

Meteoro Perseida cruza o céu de Potsurnentsi, na Bulgária (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)
Meteoro cruza o céu da igreja medieval St. Ioan, perto de Potsurnentsi, na Bulgária (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)

Na imagem acima, um meteoro aparece cruzando o céu da igreja medieval St. Ioan, perto da vila de Potsurnentsi, na Bulgária.

As Perseidas começaram a ser vistas com maior clareza quando seu ponto radiante, na direção norte, saiu sobre o horizonte. Foi possível observar meteoros durante toda a noite, mas só a partir do nascimento da constelação de Perseu (às 2h, pelo horário de Brasília) que mais meteoros puderam ser visualizados, segundo o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1. Por hora, é possível ver de 10 a 15 meteoros, de acordo com o especialista.

Isso ocorre porque, a cada ano, a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle, que passou próximo do Sol pela última vez em 1992. Essa chuva de meteoros costuma ter sua máxima atividade entre os dias 12 e 13 de agosto, mas o fenômeno é apreciável em menor intensidade desde a segunda metade de julho até o fim de agosto.

Jovens observam o céu perto de Yangon, Mianmar, para ver meteoros na segunda (12) (Foto: Ye Aung Thu/AFP)Jovens observam o céu perto de Yangon, Mianmar,
para ver meteoros à noite (Foto: Ye Aung Thu/AFP)
No momento da observação dos meteoros, a Lua estará em fase crescente e será ocultada no momento em que será possível avistar os meteoros. Por essa razão, segundo assegura o Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), em comunicado citado pela agência espanhola EFE, o satélite natural da Terra "não será um obstáculo para a observação".

As estrelas cadentes são pequenas partículas de pó de diferentes tamanhos – algumas menores que grãos de areia –, deixadas pelos cometas ao longo de suas órbitas ao redor do Sol.

Quando um cometa se aproxima de regiões interiores do Sistema Solar (onde ficam os planetas terrestres: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte), seu núcleo formado por gelo e rochas se sublima pela ação da radiação solar. Assim, o cometa gera sua característica cauda de pó e gás, e a corrente de partículas resultante se dispersa pela órbita do cometa e é atravessada todos os anos pela Terra em seu percurso ao redor do Sol.

É nesse encontro, quando as partículas de pó se desintegram ao entrar em grande velocidade na atmosfera
terrestre, que os conhecidos traços luminosos recebem o nome científico de meteoros, explica o IAC.


Meteoros Perseidas também foram vistos no sítio arqueológico de Stobi, na Macedônia, que já foi a
maior cidade do norte dessa província romana e, mais tarde, a capital (Foto: Ognen Teofilovski/Reuters)


Imagem feita em longa exposição mostra meteoro sobre o céu da aldeia de Kozle, a sudeste de Skopje, na Macedônia, no início desta terça-feira (13) (Foto: Boris Grdanoski/AP)


Meteoros riscaram o céu do Parque Estadual Cathedral Gorge, em Nevada, nos EUA, na segunda (12) (Foto: Ethan Miller/Getty Images/AFP)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Estudo diz que nova gripe aviária pode ser transmitida entre humanos


O vírus H7N9 da gripe aviária tem capacidade de transmissão entre humanos, inclusive por via aérea, disseram nesta sexta-feira (24) pesquisadores da Universidade de Hong Kong que estudam a doença.

Os cientistas relataram que três furões, o principal animal usado em pesquisas sobre a influenza humana, contraíram o H7N9 quando em contato com outros furões previamente contaminados.

Um dos três ficou numa gaiola à parte, e acabou infectado por exposição aérea. Até agora, a Organização Mundial da Saúde (OMS) dizia não haver indícios de "transmissão sustentada entre humanos". Desde que surgiu na China, a doença já matou 36 pessoas.

"As descobertas sugerem que a possibilidade de o vírus evoluir mais para formar a base de uma futura ameaça de pandemia não pode ser excluída", disse a equipe de pesquisa, liderada pelo biólogo Yi Guan, especialista em gripes aviárias.

Os cientistas também descobriram que alguns animais contaminados não desenvolveram febre e outros sinais clínicos, indicando que infecções assintomáticas entre humanos são possíveis. Isso tornaria o vírus mais difícil de detectar e controlar.

O vírus também pode contaminar porcos, mas não tem como ser transmitido entre porcos ou deles para outros animais, segundo o estudo. Mesmo assim, a equipe pediu às autoridades para que mantenham a vigilância para evitar uma mutação que resulte em um vírus mais sério.

Cuidados na análise

A OMS considerou o estudo bom, mas advertiu que as pessoas "têm de ter muito cuidado com o que está acontecendo no terreno".

"Estudos como esse são realmente úteis para aumentar o conhecimento geral, e este é muito útil para saber que, sob condições de laboratório, este vírus poderia transferir-se de pessoa para pessoa", disse o principal porta-voz da OMS, Gregory Hartl.

Há poucos dias, a OMS disse que o H7N9 parecia ter sido controlado na China graças a restrições a mercados aviários. O H7N9 apresentou sintomas relativamente brandos nos furões, e todos eles se recuperaram em no máximo sete dias, segundo o estudo. Os pesquisadores disseram que os pacientes humanos que morreram tinham outras complicações de saúde.

Desde que surgiu, em março, o vírus contaminou 130 pessoas na China continental. Nenhum novo caso foi registrado desde o começo de maio.

Pesquisadores da UFRN anunciam descoberta de estrela gêmea do Sol


Representação artística de CoRoT Sol 1

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anunciaram a descoberta da CoRoT Sol 1, nome dado à estrela gêmea solar conhecida como a mais distante da Via Láctea, galáxia que abriga o Sistema Solar. De acordo com os cientistas, a análise do astro ajuda a prever o futuro do Sol, além de dar aos astrônomos a oportunidade de testar as atuais teorias da evolução estelar e solar.

O líder da equipe de pesquisadores, José Dias do Nascimento, explica que a CoRoT Sol 1 é cerca de 2 bilhões de anos mais velha que o Sol, mas o período de rotação de ambos é quase o mesmo. "É a única estrela com essas características que é mais velha do que o Sol", informa o astrônomo. A massa e composição química de ambas é semelhante, conforme o estudo desenvolvido na UFRN. No entanto, ao contrário das outras gêmeas solares, que são relativamente brilhantes, o brilho da CoRoT Sol 1 é 200 vezes mais fraco do que o do Sol.

O fato de a estrela gêmea estar em um estágio ligeiramente mais evoluído que o Sol será utilizado para análises sobre o futuro do Sistema Solar. "Em 2 bilhões de anos, na idade que o Sol terá a idade atual da gêmea solar CoRoT Sol 1, a radiação emitida pelo Sol deve aumentar e tornar a superfície da Terra tão quente que a água líquida não poderá mais existir em seu estado natural", comenta Nascimento. As informações analisadas pela equipe foram captadas pelo satélite CoRoT, lançado em 2006 e operado no Havaí, nos Estados Unidos.

Operado no Havaí, satélite CoRoT captou imagens de 230 mil estrelas 

O astrônomo pondera que determinar a idade de uma estrela é, provavelmente, um dos aspectos mais difíceis da análise, porém espectros de alta qualidade podem ajudar a determinar as idades estelares. O grande espelho de 8,2 metros e a precisão do telescópio Subaru foram essenciais para tornar possível a realização do estudo dos espectros da estrela gêmea.

Satélite captou 230 mil estrelas
A equipe planeja usar o telescópio Subaru para continuar a investigação sobre novas estrelas similares ao Sol. "Nos últimos 30 anos, apenas cinco estrelas foram descobertas", informa José Dias do Nascimento. De acordo com o astrônomo, o satélite CoRoT forneceu a observação de 230 mil estrelas. Usando um método criado na própria UFRN foram escolhidas as candidatas a gêmea.

"Sobraram 500 estrelas e, dessas, pedimos para observar 30. Analisamos quatro e duas se apresentaram muito parecidas com o Sol, com a diferença que em uma delas o espectro não ficou bom e na outra fico excelente, muito parecido com o Sol. Isso tornou a descoberta ainda mais preciosa", detalha Nascimento, que continuará a busca por astros gêmeos. "Agora vamos atacar outras estrelas. Queremos achar a estrela gêmea dois, três e daí por diante".

Pesquisa e descoberta

O anúncio da estrela gêmea solar foi feito na sexta-feira (17). A descoberta faz parte do artigo intitulado “"The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT", que está aceito para publicação e sairá em breve na revista "Astrophysical Journal Letters" (ApJL).

Estrela gêmea solar está localizada na Constelação de Unicórnio 

















A equipe de cientistas responsável pela descoberta é composta por José Dias do Nascimento, da UFRN, que lidera o grupo; Jefferson Soares Costa e Matthieu Castro, também da UFRN; Yochi Takeda, do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ); Gustavo Porto de Mello, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Jorge Melendéz, da Universidade de São Paulo (USP).

Pesquisadores descobrem 2 novas espécies de aracnídeos no Nordeste.


Nova espécie de aracnídeo, 'Rowlandius ubajara', descoberta no Ceará (Foto: Santos et al/Plos One)

Um grupo de pesquisadores brasileiros descobriu duas novas espécies de aracnídeos escavadores no Nordeste. Os animais, da ordem Schizomida, são parentes de escorpiões, aranhas e carrapatos, e foram encontrados no Ceará e no Rio Grande do Norte.

Os autores relataram o achado em artigo publicado esta semana na revista científica "Plos One". Com a descoberta, sobe para quatro o número de aracnídeos escavadores descritos no Brasil até agora, e para 25 os conhecidos em toda a América do Sul.

A primeira espécie, encontrada no Parque Nacional Ubajara, no Ceará, recebeu o nome de Rowlandius ubajara. Os animais vivem em regiões de cavernas de uma área remanescente de mata atlântica em plena caatinga.

Já a outra espécie foi descoberta em uma região de caatinga no Rio Grande do Norte e recebeu o nome de Rowlandius potiguar.

Em entrevista à agência EFE, o biólogo especialista em aracnídeos Adalberto José dos Santos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos responsáveis pelo trabalho, disse que esses aracnídeos se alimentam de sementes depositadas nas cavernas e de outros pequenos insetos que são atraídos pelas fezes de morcegos e capturados com um par especial de patas.

"Embora as espécies sejam de cavernas, há evidências de que uma das duas pode ser encontrada fora desses ambientes, e poucos indícios que estejam exclusivamente adaptadas à vida na escuridão", afirmou o biólogo.

A ordem Schizomida tem cerca de 240 espécies descritas, e a maioria vive em zonas tropicais do México e do Caribe. Esses aracnídeos medem entre 2 e 5 milímetros de comprimento e, por causa de seu tamanho, são raros e pouco estudados pelos cientistas.

As duas novas espécies descobertas no Nordeste também têm o que os pesquisadores chamam de "olho falso", comum entre outros animais do grupo. Isso significa que possuem uma membrana no lugar dos olhos, e acredita-se que os indivíduos se orientem não pela visão, que provavelmente é ruim, mas por outros sensores.

"As novas espécies foram descritas a partir de características microscópicas de seus genitais, que os diferencia de outros animais do mesmo gênero", explicou Santos.

De acordo com o biólogo da UFMG, a descoberta acrescenta componentes até agora desconhecidos à rica biodiversidade brasileira, e mostra o país como habitat de espécies que são mais comuns no Caribe e em áreas tropicais das américas Central e do Norte.

Os novos aracnídeos foram descritos em artigo assinado por Santos, em conjunto com Rodrigo Lopes Ferreira, pesquisador da Universidade Federal de Lavras (MG) e responsável por colher as espécies; e Bruno Alves Buzatto, especialista em variações morfológicas (da forma) entre artrópodes machos.
Imagem da espécie 'Rowlandius potiguar', encontrada no Rio Grande do Norte (Foto: Santos et al/Plos One)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cientistas criam células-tronco humanas por meio de clonagem

Óvulo de doadora com núcleo de célula de pele (Foto: Divulgação/OHSU)

Depois de mais de 15 anos de fracassos de cientistas de todo o mundo, além de um caso de fraude, cientistas finalmente criaram células-tronco humanas com a mesma técnica que produziu a ovelha clonada Dolly, em 1996. A equipe liderada por Shoukhrat Mitalipov, da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon, nos EUA, publicou artigo a respeito na revista "Cell", nesta quarta-feira (15)

Como informa a agência Reuters, para chegar ao resultado, os pesquisadores transplantaram material genético de células adultas em óvulos cujo DNA havia sido removido. Eles cultivaram células de seis embriões criados, em dois casos, a partir de DNA de amostras das peles de uma criança com uma doença genética, e, nos outros quatro casos, de fetos saudáveis.

Em cada um dos casos, o DNA foi inserido em óvulos não fertilizados doados e, após a aplicação de uma sequência de técnicas, foi verificada a replicação das células.

O procedimento, segundo a "Cell", abre uma nova frente para a medicina com células-tronco, que tem sido prejudicada por desafios técnicos, bem como questões éticas.

Até agora, as fontes mais naturais de células-tronco humanas eram embriões humanos, cuja utilização em pesquisa cria dilemas éticos. Para determinados setores, um óvulo fecundado deve ser tratado como um ser humano e, por isso, não pode ser descartado. A técnica divulgada nesta quarta-feira usa óvulos humanos não fertilizados, e, assim, não se enquadraria nessa discussão.

Eliminar a necessidade de embriões humanos pode aumentar as tentativas de utilização de células-tronco e suas descendentes para substituir células danificadas ou destruídas por problemas cardíacos, mal de Parkinson, esclerose múltipla, lesões na medula e outras doenças devastadoras.

Clonagem

A técnica, no entanto, também poderia ressuscitar os temores da clonagem reprodutiva, ou produzir cópias genéticas de indivíduos vivos (ou mortos). Mesmo antes de o estudo ser publicado, um grupo britânico chamado Human Genetics Alert protestou contra a pesquisa.

"Os cientistas, finalmente, entregaram o bebê que pretensos clonadores humanos têm estado à espera: um método confiável para criar embriões humanos clonados", disse o dr. David King, diretor do grupo. "Isso torna imperativo que nós criemos uma proibição legal internacional sobre a clonagem humana, antes que mais pesquisas como essa apareçam. É irresponsável ao extremo a publicação desta pesquisa."

Entre os cientistas, no entanto, o fato de a técnica ter funcionado está sendo saudado como um avanço, como afirmou o biólogo especializado em células-tronco George Daley, do Harvard Stem Cell Institute. "Isso representa uma conquista inigualável. Eles tiveram sucesso onde muitas outras equipes fracassaram, inclusive a minha."

Montagem mostra diferentes estágios do processo
descrito pelos cientistas na 'Cell'
(Foto: Divulgação/OHSU)

Fraude

Entre os que fracassaram na utilização da técnica está o biólogo Hwang Woo-suk, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul.

Em 2005, Hwang e sua equipe foram manchete em todo o mundo quando anunciaram, na revista "Science", que haviam criado células-tronco embrionárias humanas por meio de transferência nuclear, a mesma técnica que os cientistas de Oregon usaram. A alegação de Hwang acabou sendo desmentida, tornando-se um dos casos mais famosos de fraude científica na última década.

Se o feito da equipe de Oregon se mantiver e puder ser replicado por cientistas em outros laboratórios, o método oferecerá uma terceira, e potencialmente superior, forma de se produzir células-tronco embrionárias.

A pesquisa com células-tronco decolou em 1998, quando cientistas liderados por Jamie Thomson, da norte-americana University of Wisconsin, anunciaram que conseguiram cultivar células a partir de embriões humanos de alguns dias obtidos em clínicas de fertilização, chamadas de blastocistos.

Como os blastocistos eram destruídos quando as células-tronco eram removidas, grupos que acreditam que a vida começa na concepção promoveram intensos protestos. Em 2001, o presidente norte-americano George W. Bush proibiu financiamento público federal nos EUA para pesquisa que criaria mais blastocistos.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Menino autista gênio da física é cotado para um dia levar Nobel

 Foto: BBC

Aos dois anos de idade, o jovem americano Jacob Barnett foi diagnosticado com autismo, e o prognóstico era ruim: especialistas diziam a sua mãe que ele provavelmente não conseguiria aprender a ler ou sequer a amarrar seus sapatos.

Mas Jacob acabou indo muito além. Aos 14 anos, o adolescente estuda para obter seu mestrado em física quântica, e seus trabalhos em astrofísica foram vistos por um acadêmico da Universidade de Princeton como potenciais ganhadores de futuros prêmios Nobel.

O caminho trilhado, no entanto, nem sempre foi fácil. Kristine Barnett, mãe de Jacob, diz àBBC que, quando criança, ele quase não falava e ela tinha muitas dúvidas sobre a melhor forma de educá-lo.

"(Após ser diagnosticado), Jacob foi colocado em um programa especial (de aprendizagem). Com quase 4 anos de idade, ele fazia horas de terapia para tentar desenvolver suas habilidades e voltar a falar", relembra.

"Mas percebi que, fora da terapia, ele fazia coisas extraordinárias. Criava mapas no chão da sala, com cotonetes, de lugares em que havíamos estado. Recitava o alfabeto de trás para frente e falava quatro línguas."

Jacob diz ter poucas memórias dessa época, mas acha que o que estava representando com tudo isso eram padrões matemáticos. "Para mim, eram pequenos padrões interessantes."

Estrelas

Certa vez, Kristine levou Jacob para um passeio no campo, e os dois deitaram no capô do carro para observar as estrelas. Foi um momento impactante para ele.

Meses depois, em uma visita a um planetário local, um professor perguntou à plateia coisas relacionadas a tamanhos de planetas e às luas que gravitavam ao redor. Para a surpresa de Kristine, o pequeno Jacob, com 4 anos incompletos, levantou a mão para responder. Foi quando teve certeza de que seu filho tinha uma inteligência fora do comum.

Alguns especialistas dizem, hoje, que o QI do jovem é superior ao de Albert Einstein.

Jacob começou a desenvolver teorias sobre astrofísica aos 9 anos. No livro The Spark (A Faísca, em tradução livre), que narra a história de Jacob, ela conta que buscou aconselhamento de um famoso astrofísico do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, que disse a ela que as teorias do filho eram não apenas originais como também poderiam colocá-lo na fila por um prêmio Nobel.

Dois anos depois, quando Jacob estava com 11 anos, ele entrou na universidade, onde faz pesquisas avançadas em física quântica.

Questionada pela BBC que conselhos daria a pais de crianças autistas - considerando que nem todas serão especialistas em física quântica -, Kristine diz acreditar que "toda criança tem algum dom especial, a despeito de suas diferenças".

"No caso de Jacob, precisamos encontrar isso e nos sintonizar nisso. (O que sugiro) é cercar as crianças de coisas que elas gostem, seja isso artes ou música, por exemplo."

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Eclipse solar cria 'anel' no céu da Austrália

                                                     Combinação de seis fotos mostra a lua cruzando a frente do sol. (Foto: AFP Photo)


Os australianos puderam assistir nesta sexta-feira (10) a um eclipse solar anelar.

Embora a Lua passe à frente do Astro-Rei, ela não consegue cobrir totalmente a estrela, dando uma forma de anel ao fenômeno visto da Terra.

O eclipse, o segundo em seis meses, teve melhor visibilidade no norte do país.

Moradores de outras regiões próximas, como a Indonésia, a Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul também conseguiram ver o sol desaparecer atrás da lua.



Lua atravessa na frente do sol em imagem do observatório de Sydney. (Foto: AFP Photo)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Criação em laboratório de vírus híbrido de gripe aviária desperta temor

Imunologistas expressaram preocupações nesta sexta-feira sobre o trabalho "perigoso" de cientistas na China, que criaram um vírus híbrido de gripe das aves capaz de se disseminar pelo ar entre cobaias, e que agora é mantido no freezer de um laboratório.

A equipe da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas e da Universidade Agrícola Gansu escreveram em um artigo na revista científica Science que haviam criado um novo vírus misturando os genes da "gripe das aves" H5N1 e o da "gripe suína" H1N1.
Transmitido às pessoas pelas aves, o H5N1 é letal em 60% dos casos, mas não é transmitido entre humanos, característica que até agora evitou uma pandemia. Alguns argumentam que estudos híbridos como este esclarecem como o vírus consegue sofrer mutação na natureza para causar uma epidemia humana, e podem ajudar às pessoas a se preparar.saiba mais

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o H5N1 infectou 628 pessoas e matou 374 desde 2003. O H1N1, que surgiu no México, é altamente transmissível e infectou um quinto da população mundial em uma pandemia registrada entre 2009 e 2010, mas é quase tão letal quando uma gripe comum.

O novo vírus mutante foi transmitido facilmente entre cobaias através de gotículas respiratórias. Com isso, a equipe chinesa indicou ter provado que o vírus mortal H5N1 pode precisar apenas de uma simples mutação genética para "adquirir transmissibilidade entre mamíferos".

Híbridos de gripe podem aparecer na natureza quando duas cepas infectam a mesma célula e trocam genes em um processo conhecido como reagrupamento, mas não existem evidências de que o H1N1 e o H5N1 tenham feito isso até agora. Alguns observadores temem que a ciência esteja colocando a Humanidade em risco ao criar tais mutantes.

"Estes vírus feitos pelo homem nunca estiveram na natureza. Agora estão armazenados em um freezer", disse à AFP o professor de virologia Simon Wain-Hobson, do Instituto Pasteur, da França. Wain-Hobson citou um vazamento em laboratório de febre aftosa, uma doença que afeta o gado e que causou um surto na Grã-Bretanha seis anos atrás.

Ainda não ficou claro como o híbrido da gripe, que não é mortal para as cobaias, poderia afetar as pessoas, mas Wain-Hobson alertou: "Estes vírus podem causar pandemias". "Isto é, se acontecer algum erro e eles escaparem ou coisa parecida, isso pode afetar as pessoas e provocar entre 100 mil e 100 milhões de mortes", acrescentou.

Wain-Hobson e outros temem que o risco possa ser ainda maior que o valor científico da pesquisa. As descobertas, argumentam, têm pouco valor para a descoberta de uma vacina ou de um tratamento que levaria anos para desenvolver, provavelmente muito antes de um surto.

"O registro de retenção nos mais importantes laboratórios de contenção não é bom. Tem havido repetidos vazamentos", afirmou Robert May, ex-presidente da Royal Society of Science britânica.

"Você não faz estas coisas a menos que exista algum apelo de emergência extrema", afirmou. "Estamos enfrentando um perigo presente e real com benefícios extremamente dúbios para o público".

O virologista John Oxford, da Universidade Queen Mary, de Londres, no entanto, disse que o experimento era um alerta importante. Ele demonstrou como dois vírus, ambos que ainda infectam pessoas ao redor do mundo, podem trocar genes.

"A matemática dirá que cedo ou tarde uma pessoa será coinfectada", afirmou, provavelmente levando a um vírus híbrido "que começará a se disseminar". "Precisamos nos reorganizar, rever nossos planos de pandemia e estar certos de que temos estoques de vacina para o H5N1", afirmou Oxford.

Em janeiro, cientistas dos Estados Unidos e da Holanda retomaram a controversa pesquisa sobre seus próprios vírus híbridos após uma pausa de um ano para reduzir temores de que o vírus possa escapar do laboratório ou cair nas mãos de terroristas.

Sua criação conseguiu ser transmitida entre furões, considerados bons modelos de pesquisa para a disseminação de doenças entre seres humanos. As equipes americana e holandesa citaram uma "responsabilidade de saúde pública" para retomar o trabalho, interrompido após um clamor público e sondagens sobre segurança global.

Jeremy Farrar, diretor da Unidade de Pesquisa Clínica da Universidade de Oxford, no Vietnã, disse à Nature News que o novo estudo demonstrou que o H5N1 continuava a representar uma ameaça muito real.

"Eu acredito que esta pesquisa é crítica para a nossa compreensão do influenza. Mas este trabalho, onde quer que seja no mundo, precisa ser estritamente regulado e realizado nas instalações mais seguras, que sejam registradas e certificadas com padrão internacional", afirmou.

EUA estão decididos a enviar astronautas a Marte em 20 anos


Os Estados Unidos mantêm seu compromisso de enviar astronautas a Marte na década de 2030 e todo o programa de exploração da Nasa se dirige a este objetivo, disse nesta segunda-feira o chefe da agência espacial americana, Charles Bolden.

"Um voo tripulado a Marte é agora o destino final da humanidade em nosso sistema solar e a prioridade da Nasa", disse durante a abertura de uma conferência de três dias em Washington dedicada à conquista do planeta vermelho. "Todo o nosso programa de exploração espacial está alinhado para apoiar este objetivo", acrescentou.
O presidente americano, Barack Obama, enviou recentemente ao Congresso um orçamento de US$ 17,7 bilhões para a Nasa em 2014, menor que no ano anterior. Mas apesar das restrições alfandegárias atuais, o governo de Obama "segue comprometido com uma estratégia coordenada e uma exploração dinâmica de Marte para que os Estados Unidos sigam desempenhando um papel dominante na exploração do planeta vermelho", insistiu Bolden, ex-comandante do ônibus espacial.A pesquisa na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), onde seis astronautas vivem seis meses seguidos no ano, já tem como foco a preparação de missões de longa duração a um asteroide e a Marte, através do estudo dos efeitos da microgravidade no corpo humano e da realização de testes em tecnologias necessárias para estas viagens, disse.

Dois astronautas, um americano e um russo, devem passar um ano na plataforma orbital em 2015, o que corresponderia à duração de uma missão a Marte.

A Nasa planeja enviar astronautas em 2025 a um pequeno asteroide, a fim de colocá-lo em órbita ao redor da Lua. Esta missão permitirá "o desenvolvimento de tecnologias e capacidades exigidas para as missões tripuladas a Marte", disse Bolden, citando melhores sistemas de sobrevivência e propulsão.

"A Nasa não tem atualmente a capacidade tecnológica para enviar seres humanos a Marte, mas acredito que estamos no caminho que nos levará lá na década de 2030", afirmou o chefe da Nasa, negando-se a comentar projetos privados que têm por objetivo ir ao planeta vermelho muito antes.

Geólogos acham possível continente submerso a 1.500 km do Rio de Janeiro

Amostras de granito foram encontradas nas profundezas do Atlântico.
Cientistas já apelidaram área de 'Atlântida brasileira'.



Geólogos brasileiros anunciaram nesta segunda-feira (6) que foram encontrados, a 1.500 km da costa do Rio de Janeiro, indícios de que estaria ali um pedaço de continente que submergiu durante a separação da África e da América do Sul, época em que surgiu o Oceano Atlântico.


De acordo com Roberto Ventura Santos, diretor de geologia de recursos minerais do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), há dois anos, durante um serviço de dragagem (retirada de solo oceânico para análise) na região da Elevação do Rio Grande -- uma cordilheira marítima em águas brasileiras e internacionais -- foram encontradas amostras de granito, rocha considerada continental.


Ele explica que, inicialmente, levantou-se a hipótese de que o recolhimento de tais amostras fora engano ou acidente. No entanto, no último mês, uma expedição com cientistas do Brasil e Japão, a bordo do equipamento submersível Shinkai 6.500, observou a formação geológica que está em frente à costa brasileira e, a partir de uma análise, passou a considerar que a região pode conter um pedaço de continente que ficou perdido no mar por milhões de anos.


“Pode ser a 'Atlântida' do Brasil. Estamos perto de ter certeza, mas precisamos fortalecer essa hipótese. A certificação final deve ocorrer ainda este ano, quando vamos fazer perfurações na região para encontrar mais amostras”, explicou Ventura ao G1.


O diretor do CPRM não especificou a idade dessas rochas, no entanto, contou que os pedaços de crosta continental que foram encontrados são mais antigos que as rochas encontradas no assoalho oceânico, nome dado à superfície da Terra que fica abaixo do nível das águas do mar.


De acordo com Ventura, o próximo passo será enviar ao governo brasileiro uma solicitação para que o país reclame a área, que está em águas internacionais, junto à Autoridade Internacional de Fundos Marítimos (ISBA, na sigla em inglês), organismo ligado à Organização das Nações Unidas, para que seja realizada no local prospecção de recursos minerais e estudos relacionados ao meio ambiente.


Rochas encontradas durante expedição geológica à Elevação do Rio Grande, na costa brasileira (Foto: Divulgação/CPRM)



Pesquisador segura rocha com minério de ferro encontrada durante dragagem feita no ano passado, na região da Elevação do Rio Grande, na costa brasileira (Foto: Divulgação/CPRM)

Ovelha que recebeu gene de medusa nasce fluorescente no Uruguai


Animal geneticamente modificado é o primeiro do tipo na América Latina.
Ele brilha no escuro quando colocado sob luz ultravioleta.


Ovelha geneticamente modificada fluorescente do Uruguai (Foto: Javier Calvelo/AFP PHOTO / IRAUy )

Um experimento de cientistas uruguaios resultou no nascimento de uma ovelha fluorescente. O animal geneticamente modificado, que recebeu genes de uma medusa, é o primeiro do tipo na América Latina.

A ovelha nasceu no dia 12 de outubro de 2012 e se desenvolveu novamente, sem mostrar diferenças em relação a ovelhas não transgênicas, afirmou Alejo Menchaca, presidente do Instituto de Reprodução Animal do Uruguai (IRAUy), que fez o experimento em parceria com o Instituto Pasteur de Montevidéu.

A ovelha fica fluorescente quando colocada sob luz ultravioleta.

O objetivo da pesquisa é verificar a eficácia do método de introdução de um gene externo no DNA desses animais.

Vulcão em erupção na Indonésia é registrado por satélite da Nasa


Paluweh emitiu nuvem branca de fumaça e cinzas no Mar das Flores.
Imagem foi feita no dia 29 de abril e divulgada esta semana.

Nuvem branca de fumaça e cinzas é vista sobre o vulcão Paluweh, na Indonésia, em imagem feita no dia 29 de abril e divulgada agora (Foto: Robert Simmon, Nasa's Earth Observatory, using data from USGS and NASA)


O satélite Landsat, da agência espacial americana (Nasa), sobrevoou o Mar das Flores, na Indonésia, e registrou uma imagem do vulcão Paluweh entrando em erupção. A região fica no Oceano Pacífico, no limite com o Índico.
A foto foi feita no dia 29 de abril e divulgada esta semana. A nuvem branca de fumaça e cinzas expelida pelo vulcão se dirigiu para noroeste, no sentido das florestas verdes da ilha e do mar tropical.

Pelo calor emitido por mais de 8 quilômetros, um instrumento do Landsat identificou um ponto quente no topo do Paluweh, onde a lava escorreu nos últimos meses.

Esse instrumento também detecta mudanças sutis de temperatura, dentro de um décimo de grau Celsius.

O programa Landsat é uma missão conjunta da Nasa e do Serviço Geológico dos EUA. No fim de maio, o satélite terá sua calibração concluída e será renomeado para Landsat 8. Seus dados serão processados, arquivados e distribuídos de forma gratuita na internet
.

Sonda da Nasa registra erupções solares com intensa radiação


Imagem de atividade solar combina três registros feitos pelo SDO na sexta-feira (3) 
(Foto: Nasa/SDO/AIA)

O Sol emitiu uma erupção de nível médio na sexta-feira (3), com poderosas chamas de radiação. 

   As imagens foram captadas pela sonda Observatório de Dinâmica Solar (SDO) da agência espacial americana (Nasa), em um comprimento de onda que revela detalhes em alta temperatura. A foto abaixo combina três registros diferentes do SDO.
    As labaredas emitidas pela nossa principal estrela são da classe M, consideradas a mais fracas a causar algum tipo de efeito meteorológico espacial perto da Terra.
    Quando esses fenômenos são muito intensos, podem enviar partículas ao espaço perturbar a atmosfera do nosso planeta e prejudicar sinais de comunicação por rádio e satélite, além de causar espetáculos visuais como a aurora boreal. Lançada em 2010, o SDO estuda fenômenos do Sol capazes de interferir na nossa vida.
   Ultimamente, tem havido um aumento no número de tempestades solares, à medida que o astro se aproxima do chamado "máximo solar", período de pico de atividade após um ciclo de 11 anos, em que há um aumento no número de manchas na superfície. Esse máximo é esperado no fim de 2013.

Foto azul-esverdeada do Sol vê detalhes das explosões emitidas em alta temperatura (Foto:Nasa/SDO/AIA)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Megaobservatório é inaugurado a 5 mil metros de altitude nos Andes

Foi inaugurado nesta quarta-feira (13) um novo observatório astronômico sobre o longínquo platô de Chajnantor, a 5 mil metros de altitude, na Cordilheira dos Andes chilena.

Batizado de Alma (sigla em que significa “grande conjunto milimétrico/submilimétrico do Atacama ) o projeto é resultado de quase três décadas de planejamento, discussões e negociações. A um custo de US$ 1,4 bilhão, é o maior projeto astronômico já executado em terra – em volume de investimento, só perde para telescópios que funcionam no espaço. Ao todo, são 20 os países envolvidos, entre eles o Brasil, em menor proporção (veja a situação brasileira abaixo, e o Chile, que oferece seu território como sede do empreendimento.



Antenas com peso de 100 toneladas podem se deslocar sobre o platô de Chajnantor (Foto: Dennis Barbosa/G1)


O Alma consiste num conjunto de 66 antenas (atualmente 57 já estão operando ou estão no local, prontas para operar, sendo que as 9 restantes devem estar funcionando ainda este ano) que captam ondas emitidas por corpos frios em lugares muito longínquos do universo, com as quais se espera obter novas informações sobre a origem de estrelas e planetas, bem como sobre a presença de partículas orgânicas em lugares a bilhões de anos-luz da Terra.


O presidente chileno Sebastián Piñera deu o
comando para o início oficial das operações
do Alma, e falou em estimular turismo astronômico
em seu país (Foto: Dennis Barbosa/G1)


As antenas instaladas no alto da cordilheira, em local próximo a San Pedro de Atacama, no Chile, podem ser deslocadas numa área com raio de 16 km sobre o platô de ar rarefeito. Elas captam ondas de tamanho milimétrico e submilimétrico, em frequências invisíveis ao olho humano – o sistema, portanto não é ótico. “O Alma sintetiza um telescópio de 16 quilômetros, o que seria impossível construir”, explica Thijs de Graauw, diretor do projeto.

A grande aposta desse enorme complexo é que as antenas, que podem ser mudadas de lugar, combinam de forma sincronizada as informações que capturam, funcionando como um imenso espelho do espaço.


Conjunto de 66 antenas terá capacidade de ver objetos escuros a bilhões de anos-luz (Foto: Dennis Barbosa/G1)


Há dois modos principais de funcionamento desse conjunto. As antenas podem ficar espalhadas pelo terreno, com maior distância entre si, quando o objetivo é focar num ponto mais específico do espaço e analisá-lo de forma detalhada, ou também é possível agrupá-las todas numa área central, com o que se tornam uma poderosa ferramenta para produzir imagens amplas do céu.



Supercomputador é responsável por combinar as
informações detectadas pelas antenas
(Foto: Dennis Barbosa/G1)

A mudança de configuração é feita por um supercaminhão transportador com 28 rodas, capaz de percorrer o terreno acidentado do platô andino carregando as antenas, que pesam dezenas de toneladas.

Além da logística arrojada e do supercomputador que junta as informações, cada antena do observatório também consiste em um complexo artefato tecnológico. Para receber com mais pureza o sinal dos objetos interestelares, alguns dos equipamentos são resfriados a 4 Kelvin (-269° C).

A localização do Alma, em território chileno, perto das fronteiras da Bolívia e da Argentina, é estratégica: o ar rarefeito da grande altitude fazem com que a interferência da umidade da atmosfera seja menor.

Sistemas de correção anulam eventuais desvios nas imagens que o ar ainda possa causar.

Os sinais captados pelas antenas são remetidos a um supercomputador, um dos mais rápidos que existem no mundo atualmente, que junta as informações e as remete a um centro de operações que fica 2 mil metros montanha abaixo.

O Alma foi criado numa parceria entre o ESO (Observatório Europeu do Sul), o NAOJ (Observatório Astronômico Nacional do Japão) e o NRAO (Observatório Nacional de Radioastronomia dos EUA).



As antenas do Alma podem ter 7 ou 12 metros de diâmetro, e possuem em seu interior um sistema de refrigeração de criogênio que permite que supercondutores sejam resfriados a apenas 4 graus acima do
zero absoluto (Foto: Dennis Barbosa/G1)

Primeiros resultados

Junto com a inauguração oficial do Alma, foi divulgada a publicação de três artigos com os primeiros resultados produzidos pelo complexo, dois deles na revista "Nature" e um no "Astrophysical Journal".

Os pesquisadores descobriram que algumas galáxias longínquas se encontram mais longe do que se supunha. Elas são formadoras de estrelas e, com isso, concluiu-se que uma fase de formação intensa desses corpos celestes ocorreu há 12 bilhões de anos, quando o universo tinha menos de 2 bilhões de anos - um bilhão de anos mais cedo do que o que se pensava anteriormente.

Mais do que isso, os cientistas detectaram água em uma destas galáxias, o que configura o registro mais distante desse tipo de molécula no espaço.

Encontrar moléculas essenciais para a existência de vida, como água e compostos orgânicos, é uma das missões do Alma. O equipamento, no entanto, poderá apenas detectar a presença desses ingredientes, e
não confirmar efetivamente a existência de vida extraterrestre.

Brasil no ESO

Em 2010, o Brasil assinou sua entrada como membro do ESO e, portanto, também é “sócio” do Alma. No entanto, sua condição de membro ainda depende de ratificação do Congresso Nacional. Ao ratificar sua entrada, o país passará a contribuir financeiramente com o ESO e empresas brasileiras poderão fornecer produtos e serviços ao Alma e a outros observatórios.

Apesar de não ser um integrante efetivo do grupo, no entanto, cientistas brasileiros já podem propor observações no novo observatório inaugurado nesta quarta. Esses pedidos, assim como os de astrônomos de outros países, passam pela análise de um corpo técnico para avaliar sua relevância. Toda a informação produzida no Alma é disponibilizada gratuitamente à comunidade científica após um ano.

Resultado da I OBFEP

O laboratório de Ciências da E.E.E.P. José Maria Falcão gostaria de parabenizar todos os alunos que participaram das 1ª e 2ª fases da I OBFEP (Olímpiada Brasileira de Física das Escolas Públicas), em especial o aluno Adriano da Costa Silva. O mesmo foi medalha de prata (a nível nacional) na edição de 2012. Parabéns Adriano!


Lembrando que esse ano a nossa escola irá participar da OBMEP (Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), da OBFEP (Olímpiada Brasileira de Física das Escolas Públicas), da OBA (Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronaútica) e da OBF (Olímpiada Brasileira de Física).

Estudo revela rica vida microscópica no ponto mais profundo da Terra


Um estudo de uma equipe internacional de cientistas indica que o ponto mais profundo da Terra - a cerca de 11 km, nas profundezas da Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico -, é rico em vida, com grande atividade de micróbios.
A pesquisa, divulgada na publicação científica Nature Geoscience, sugere também que estes micróbios primitivos unicelulares são mais ativos do que os que são encontrados em águas não tão profundas.
Antigamente, pesquisadores imaginavam que o fundo da fossa era um ambiente inóspito demais para a existência de seres vivos.

Mas este estudo acrescenta mais provas de que algumas criaturas podem viver em temperaturas quase congelantes, grande pressões e na mais completa escuridão.
"As partes mais profundas do oceano certamente não são zonas mortas", afirmou Robert Turnewitsch, um dos autores da pesquisa, da Associação Escocesa para Ciência Marinha.
Coleta de amostras 

Em 2010 os cientistas enviaram um submarino não-tripulado à Fossa das Marianas com o objetivo de coletar amostras dos sedimentos no seu fundo.

A análise dos níveis de oxigênio nas amostras revelou uma grande quantidade de micróbios.
"Estes micróbios respiram como nós. E este consumo de oxigênio é uma medida indireta da atividade da colônia", explicou Robert Turnewitsch.
Outro fato que surpreendeu os cientistas é que estes microorganismos eram duas vezes mais ativos no fundo da fossa do que em um local mais raso, a seis quilômetros de profundidade.
Estes micróbios se alimentam de plantas mortas e criaturas que afundaram, vindas de partes mais rasas do oceano, e que muitas vezes ficam presa nas paredes íngremes do abismo.
"A quantidade de comida lá embaixo e também o frescor relativo do material é surpreendentemente alto", disse o cientista.
Ciclo de carbono 

A análise do material em decomposição no fundo do abismo sugere que a Fossa das Marianas pode ser uma parte importante do ciclo do carbono e, portanto, ter um papel importante na regulação do clima do planeta.

"O fato de grande quantidade de matéria orgânica que contem carbono se acumular e estar concentrada nestes abismos também significa que ela (a Fossa das Marianas) tem um papel importante na remoção do carbono do oceano", afirmou Turnewitsch.
Em 2012 o cineasta James Cameron, diretor de filmes como Titanic e Avatar, mergulhou na Fossa das Marianas em um pequeno submarino, se transformando na primeira pessoa a visitar o local em 50 anos.
Falando com a BBC logo depois do mergulho, o diretor americano descreveu a paisagem do local como "lunar" e "desolada".
As imagens do mergulho de Cameron serão lançadas como um documentário 3D do canal de TV National Geographic.

Pesquisadores acham inseto considerado extinto em São Paulo

Mosca branca é uma das pragas mais temidas nas lavouras de tomate, feijão, melão e batata

Pesquisadores constataram a existência de duas espécies de mosca branca possivelmente nativas no Estado de São Paulo, denominadas New World 1 e New World 2. A descoberta causou surpresa, pois se acreditava que, depois da introdução no País do Biótipo B de mosca branca (espécie Middle East-Asia Minor 1, MEAM1), as espécies nativas teriam sido substituídas ou extintas.
Renate Krause Sakate, do Departamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp explica que a MEAM1, que chegou ao país na década de 1990, é altamente invasiva. Em várias partes do mundo, sua entrada promoveu a extinção das espécies locais. A pesquisa, porém, verificou a presença da New World 1 e da New World 2 no Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Alagoas.
O trabalho, que também contou com a colaboração dos pesquisadores Enrique Moriones e Jesus Navas-Castillo, do Consejo Superior de Investigaciones Científicas, La Mayora, Espanha, foi recentemente publicado no Journal of Applied Entomology, de alto impacto na área.
A mosca branca  constitui um dos maiores pesadelos para os produtores de hortaliças, plantas ornamentais e outras culturas. O motivo é que, ao se alimentar da seiva da planta hospedeira, ela ocasiona uma redução em seu vigor, além de induzir anomalias fisiológicas.
O inseto também deposita sobre as folhas grande quantidade de secreção açucarada, favorecendo a formação de fungos que impedem a fotossíntese e, assim, afetam o crescimento da planta e reduzem sua produtividade. É ainda transmissor de vários tipos de vírus que afetam culturas de hortaliças, frutas e oleaginosas.
A espécie invasora predomina no País e pode ser encontrada tanto em áreas cultivadas quanto em plantas daninhas. Até recentemente, toda pesquisa sobre mosca branca levava em conta somente essa espécie. No trabalho da Unesp e do IAC, foi feito um amplo levantamento em mais de 40 municípios de São Paulo e em 13 do Estado de Alagoas, com o uso de testes sensíveis à identificação das espécies.
A nativa New World 1 foi encontrada em plantações de jiló e corda-de-viola nos municípios de Registro, Iguape e Ilha Comprida, no Vale do Ribeira, sul do Estado. Em Alagoas, a mosca infestava tomateiros. A pesquisadora Renata Krause Sakate, da Unesp, acredita que o inseto não desapareceu em virtude do isolamento geográfico dessas localidades em relação a outras áreas agrícolas do Estado.
A New World 2 foi coletada em plantas de amendoim-bravo em São Paulo e Alagoas. Trata-se do primeiro registro de sua existência no Brasil. Também surpreendeu o fato de as espécies nativas, em alguns nichos, estarem convivendo com as invasoras. Ainda não se sabe se as nativas também transmitem vírus para a planta, o que a continuação da pesquisa deve elucidar. O trabalho, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), teve ainda a colaboração de pesquisadores espanhóis.
(Com informações da Agência Estado)

Abu Dhabi inaugura mega usina de energia solar.


Para Nasa, Voyager ainda não deixou Sistema Solar


A possibilidade de que a sonda Voyager-1 tenha deixado o sistema solar , como chegou a ser divulgado, passou a ser questionada, após a Nasa (Agência Espacial Americana), que controla a sonda, ter discordado da opinião de cientistas.

Para a Nasa, a Voyager ainda permanece no sistema solar, apesar de pesquisadores terem afirmado que a sonda já estaria fora da influência do Sol.

Lançada em 1977, a sonda foi criada inicialmente para estudar os planetas mais afastados da Terra, mas continuou viajando pelo espaço.
Calcula-se que a região interestelar esteja a mais de 18 bilhões de quilômetros da Terra, ou 123 vezes a distância entre nosso planeta e o Sol.
Atualmente, as mensagens de rádio da Voyager-1 levam 16 horas para chegar ao nosso planeta.

A Voyager-1 caminha para se aproximar de uma estrela chamada AC +793888, mas só chegará a dois anos luz de distância da estrela - e levará cerca de 40 mil anos para fazê-lo.
Na terça-feira, a União Geofísica Americana confirmou que a sonda teria deixado a heliosfera - a bolha de gás e campos magnéticos que têm origem no Sol.
Detecção de raios cósmicos
A Voyager-1 vinha monitorando mudanças no ambiente ao seu redor que sugeriam a proximidade da fronteira do Sistema Solar - a chamada heliopausa.
A sonda havia detectado um aumento no número de partículas de raios cósmicos vindo do espaço interestelar em sua direção e, ao mesmo tempo, um declínio da intensidade de partículas energéticas vindo do Sol.
Uma grande mudança, que os cientistas chamaram de "heliopenhasco", aconteceu em 25 de agosto de 2012.
"Em poucos dias, a intensidade heliosférica da radiação caiu e a intensidade de raios cósmicos subiu, como era de se esperar quando se sai da heliosfera", explicou o professor Bill Webber da Universidade Estadual do Novo México, em Las Cruces.
A Voyager-1 foi lançada em 5 de setembro de 1977 e sua "sonda irmã", a Voyager-2, em agosto do mesmo ano.
O objetivo inicial das duas sondas era investigar os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno - tarefa que completaram em 1989.
Em seguida, elas foram enviadas para mais além no espaço, na direção do centro da Via Láctea.
No entanto, suas fontes de energia, feitas de plutônio, devem parar de produzir eletricidade em cerca de 10 a 15 anos, quando seus instrumentos e transmissores irão parar de funcionar.
As Voyagers se tornarão "embaixadores silenciosos" da Terra enquanto se movem pela galáxia.
Ambas transportam discos de cobre banhados a ouro com gravações de saudações em 60 línguas, amostras de música de diferentes culturas e épocas, sons naturais da Terra e outros sons produzidos pelo homem.

Museu Nacional apresenta gigante voador pré-histórico do nordeste brasileiro



                                                                                                                                               






Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, anunciaram, nesta quarta (20), a descoberta do mais importante réptil voador pré-histórico já encontrado no Brasil. O maior fóssil de pterossauro descoberto no Hemisfério Sul media em torno de 8,5 metros de uma ponta à outra da asa. Um modelo em tamanho natural do esqueleto e outro da cabeça do gigante voador, construídos nos laboratórios do museu, poderão ser vistos pelo público a partir de 22 de março.
O pterossauro, da espécie Tropeognathus mesembrinus , da família Anhangueridae , viveu no nordeste brasileiro há 110 milhões de anos. Até agora só se conheciam fósseis de animais que viveram em período entre 72 e 65 milhões de anos. "O gigantismo de pterossauros é bem anterior ao que se supunha", disse o pesquisador Alexander Kellner, integrante da equipe de paleontólogos que pesquisou os fragmentos originais e reconstituiu o pterossauro.
A descoberta é resultado do trabalho de três grupos de pesquisadores de diversas instituições brasileiras, em escavação controlada, na Chapada do Araripe, entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.
Enquanto os dinossauros dominavam a terra firme, entre 220 milhões e 65 milhões de anos atrás, a Era Mesozoica, um grupo de vertebrados se lançava ao ar e tornava-se o senhor dos céus do planeta: os pterossauros, ou répteis voadores. Com apenas duas centenas de espécies conhecidas, esses animais conviveram com as aves primitivas, desaparecendo no final do período Cretáceo, juntamente com a maioria dos dinossauros.
Apesar de estudados há mais de 200 anos, ainda existe muita controvérsia relacionada a esses animais. Um dos motivos é o pequeno número de depósitos com fósseis bem preservados do grupo. Um desses depósitos, conhecido como Formação Romualdo, situa-se no Brasil e aflora nas escarpas da Chapada do Araripe, entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Nessas rochas, cuja idade é de 110 milhões de anos, os fósseis estão preservados em nódulos calcários com pouca ou nenhuma distorção, o que é raro.
Segundo Kellner, os dois pterossauros maiores encontrados anteriormente, nos Estados Unidos e na China, tiveram suas medidas (com 11 metros e 10 metros de uma ponta à outra da asa, respectivamente) concluídas a partir de partes muito fragmentadas, enquanto no Brasil os fósseis são mais preservados. A reconstituição do pterossauro em exibição no Museu Nacional mostra que o animal tinha uma crista na cabeça que, segundo os pesquisadores, servia para regular a temperatura do corpo, e dentes compridos e finos, que indicam que se alimentava de peixes.
"Este é o exemplar mais completo, porque enquanto os outros dois maiores são baseados apenas em partes do braço, partes da asa e um pequeno fragmento craniano, este você tem a coluna vertebral praticamente completa, braços e pernas", disse Kellner.
O estudo, publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciências, confirma que a Bacia do Araripe reúne alguns dos mais importantes depósitos de fósseis do mundo. O trabalho inclui outros dois animais de grande porte encontrados no mesmo local.
(com informações da Reuters e Agência Estado)

Confirmado: partícula descoberta no Cern em julho é o Bóson de Higgs


A dúvida, se é que ela existia, acabou: os físicos do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (na sigla em francês, Cern) anunciaram nesta quinta-feira (14) que após uma extensa análise de dados a partícula subatômica descoberta em julho de 2012 é realmente o Bóson de Higgs , previsto em teoria em 1964, e é considerado uma das peças fundamentais de formação do Universo. 

A partícula, conhecida popularmente como partícula de Deus, faz parte do mecanismo que dá massa a toda a matéria, e ganhou seu nome por causa de Peter Higgs , um dos físicos que postularam sua existência. 
No ano passado, os cientistas do Cern anunciaram a descoberta de uma partícula 'parecida com o Higgs', mas que não chegaram a confirmar que se tratava do Bóson com 100% de certeza. Mas hoje os físicos anunciaram em um comunicado em um congresso de Física nos Alpes italianos, após um análise cuidadosa de um ano de dados produzidos pelo Grande Colisor de Hádrons (na sigla em inglês, LHC) que sim, trata-se mesmo do Bóson. 
"Para mim está claro que estamos lidando com um bóson de Higgs, embora tenhamos ainda um caminho longo até saber que tipo de bóson ele é," disse Joe Incandela, físico que chefia uma das duas equipes do Cern que lidam com o tema, cada uma com cerca de 3.000 cientistas.
A existência do Bóson confirma a teoria de que os objetos ganham seu tamanho e forma quando seus átomos e elétrons interagem em um campo de energia que contém bósons de Higgs. Quanto mais eles atraem esse campo, maior sua massa vai ser, de acordo com a teoria.
Mas, ainda está em aberto, segundo o comunicado do Cern, se este é o bóson esperado na teoria original ou se o mais leve de vários, como está previsto em outras hipóteses que ampliam o modelo de Higgs. 

Mas, por enquanto, está estabelecido que o Bóson de Higgs existe, de alguma forma.
A confirmação coloca o Bóson de Higgs, seus teóricos e descobridores como concorrentes fortes ao Nobel de Física deste ano, mas ainda não se saberia se ele iria apenas para Peter Higgs e seus colegas proponentes da teoria, ou para os milhares de cientistas do Cern, ou se para todos eles. 

terça-feira, 5 de março de 2013

AULAS PRÁTICAS - LAB. QUÍMICA

O laboratório de ciências da escola José Maria Falcão já está funcionando a todo vapor. A professora de Química, Telma Maia, vem realizando uma série de atividades práticas com os alunos de 1º e 2º ano. Além disso, ainda foram realizadas algumas atividades onde os alunos deveriam de alguma forma apresentar os conhecimentos adquiridos em sala de aula para os demais colegas. Abaixo, algumas fotos desses momentos onde procura-se aprimorar ainda mais as aulas, facilitando assim o aprendizado do aluno.